Aqueduto dos Pegões
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Aqueduto dos Pegões

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Aqueduto dos Pegões, Mandado edificar por D. Felipe I para fornecer água ao Convento de Cristo.

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Aqueduto do Convento de Cristo (Troço dos Pegões)

 

 

Designação

Aqueduto do Convento de Cristo (Troço dos Pegões)

 

Localização

Santarém, Tomar, Carregueiros

 

Acesso

Pela estrada que contorna o convento pelo lado N. e O.. Seguindo a E.N. de acesso a Pegões, com saída para a estrada dos Brasões

 

 

Enquadramento

Rural. Depois de atravessar o vale da Felpinheira e o vale dos Pegões, corre paralelo ao muro da cerca do Convento, encostando-se finalmente à sua fachada S..No muro exterior da cerca, do lado O. encontra-se uma moldura do que terá sido uma porta, sobre a qual se lê a seguinte inscrição: "O extenso aqueduto e altíssima mole que há pouco, rasteira, se ergueu por favores de reis, cortando os montes, transpondo fundos vales, não obstante à força de trabalho e dinheiro, em longo percurso aqui conduzida ou antes conduziram os dois Filipes: o que não fizeram os braços de tantos reis. 1614".

 

Descrição

C. 7 km. de canalização em pedra, coberta a laje, correndo en grande parte ao nível do terreno, c. 400 m. assentes em arcaria, de dimensão e altura variável. Sobre o vale da Felpinheira a cortina compõe-se de 12 arcos de volta redonda, com c. 15 m. na parte mais alta; sobre o vale dos Pegões 58 arcos de volta inteira, que, na zona de maior declive, assentam em 16 arcos quebrados, apoiados em pilares, com a altura máxima de c. de 220 m.; a montante e a jusante 2 mães d'água rematadas por cúpulas e abobadadas no interior resguardam bacias de depuração da água; seguem-se 34 arcos de volta perfeita, que atravessam um vale pouco profundo, e correndo paralelas ao muro da cerca 2 arcaturas com 18 e 13 arcos; finalmente a cortina de 21 arcos também de volta perfeita, rematados pela cruz de Cristo, os últimos adossados à fachada S. do Convento de Cristo.

 

Descrição Complementar

Inscrição existente na mãe de água, no troço dos Pegões.

 

Utilização Inicial

Infraestrutural: Aqueduto

 

Utilização Actual

Infraestrutural: Aqueduto / Marco histórico-cultural: aqueduto

 

Propriedade

Pública: estatal

 

 

Época Construção

Séc. 16 / 17

 

Arquitecto | Construtor | Autor

ARQUITECTOS: Filipe Terzi (arquitecto do traçado do aqueduto), Pedro Fernandes de Torres (direcção da obra depois da morte de Terzi)

 

Cronologia

1595 - Escritura de compra das fontes e do pinhal; início da construção;

1614 - o aqueduto chega à cerca, terminando num tanque de rega - Cadeira D'El Rei;

1617 - prolongamento até ao convento; lavabo dos dormitórios;

1619 - conclusão da obra; construção da fonte do claustro principal; 1634 - obras diversas no aqueduto do Convento;

1752 - exploração de novas nascentes a montante e ligação ao aqueduto construído;

1945 - interrompidas as obras de restauro por esgotamento de verbas;

1954 - a Mãe d'Água, no troço de Pegões tinha uma grande ruptura;

1955 - pedido de reparação do aqueduto para que abasteça o Convento;

1956 - correspondência entre a DGEMN e a CMT, dando conta da necessidade de restauro da caleira do aqueduto;

1968 - informação do MF - DGFP à DGEMN sobre as rupturas no fecho dos arcos superiores do aqueduto;

1972 - o aqueduto encontra-se demolido em alguns troços e em ruína noutros; 1979 - foi redefinida a Zona Especial de Protecção do Aqueduto na zona dos Pegões; a CMT colocou a hipótese da aquisição dos terrenos dentro da ZEP do Aqueduto com vista ao arranjo e enquadramento paisagístico; informação sobre movimentação de terras / terraplanagens junto da quinta da Silveira, realizadas por particulares, que punham em risco a estabilidade do aqueduto, afectando a fundação de 15 arcos do lado poente e 6 a nascente;

1980 - pedido de redução da ZEP;

 

Tipologia

Arquitectura infraestrutural. Aqueduto de arcaria simples e dupla, em arcos plenos e apontados, num total de c. de 180 arcos. Construído para abastecimento de água ao Convento de Cristo, corre entre canais subterrâneos e à superfície numa extensão de 6 Km., a montante e a jusante 2 mães d'água rematadas por cúpulas e abobadadas que no interior resguardam bacias de depuração da água. A sua estrutura lembra a do aqueduto romano de Segóvia, este com dupla arcada a pleno centro, em que provavelmente se inspirou (Rosa: 1982, p. 13).

 

Características Particulares

O aqueduto reunindo a água de 4 nascentes distantes veio resolver um problema premente do convento, a falta de água, que até aí tinha sido resolvido pela construção de várias cisternas. O aqueduto dos Pegões Altos é considerado uma das grandes obras de utilidade pública iniciada no séc. XVI, constituindo a mais notável obra de engenharia no país no sector de condutas de água da época. (PAIS DA SILVA: 1993, p.90)

 

Dados Técnicos

Estrutura autónoma / Paredes autoportantes / Estrutura mista.

 

Materiais

Estrutura em cantaria de calcário; alvenaria argamassada, cantaria, betã; canos e caleiras em cantaria; ferro nos gradeamentos

 

Bibliografia

ROSA, Amorim, História de Tomar, Santarém, 1982; JANA, Ernesto, O Convento de Cristo em Tomar e as obras durante operíodo filipino, tese policopiada, Faculdade de Letras de Lisboa, 1991; PAIS DA SILVA, Jorge Henrique, Páginas de História da Arte, vol. I, Artistas e Monumentos; Lisboa, 1993

 

 

Intervenção Realizada

1934 - Reparação em 350 m.;

1935 - reparações na mãe de água a montante dos Pegões Altos: construção de 2 gigantes na face lateral O.; reforço em cimento armado abaixo do pavimento e em volta da cúpula; restauros das ombreiras das portas e do pavimento; construção de um muro de suporte do aqueduto em alvenaria; reconstrução do cano e respectiva cobertura na parte destruída;

1937 - obras diversas de reparação;

1940 / 1941 - demolição de um casebre encostado ao aqueduto e beneficiação dos seus arcos; consolidação geral, incluíndo construção de guardas, cortinas, capeamento e refechamento de juntas das caleiras; limpeza geral; construção de portas de ferro com grades;

1942 / 1945 - construção de muros em alvenaria argamassada em zonas do aqueduto; consolidação dos arcos, incluíndo capeamento e refechamento de juntas; reparação geral da conduta do aqueduto;

1946 / 1947 - reparação de coberturas em 325 m.; reparação de caleira que abateu no lugar de Casal Ribeiro, limpeza da caleira entre os Pegões Altos e o lugar de Brazões, refechamento de juntas a cimento, cobertura com lajes nas zonas aéreas e com betão armado nas partes subterrâneas; demolição e reconstrução da abóbada da penúltima mãe de água (a jusante dos Pegões Altos?) em pedra e argamassa de cimento reforçada com um anel em betão armado; reboco das paredes no interior e exterior; limpeza e cobertura de 20 m. de cano junto à mãe de água;

1948 / 1949 - assentamento de 3 portas de ferro nas entradas de limpeza da caleira; demolição de paredes e caleira junto à penúltima mãe de água e sua reconstrução; limpeza de 80 m. de cano, refechamento de juntas, reconstrução de paredes, cobertura com lajes de cantaria e betão armado, a N. dos Brasões; rebaixamento de 30 m. de cano junto à 1ª nascente; levantar e tornar a assentar 100 m. de cano junto ao lugar de Peixinhos;

1956 - recuperação de parte do aqueduto junto à nascente no sítio de Casal Ribeiro; recuperação da caleira na "Casa da Água" no troço de Pegões; instalação de um fontanário com torneiras de mola para abastecimento de água; expropriação e arranque de árvores, cujas raízes danificam o aqueduto; recuperação da cobertura com lajes; restauro das paredes do aqueduto ; limpeza e restauro da caleira ;

1962 - continuam-se as reparações nas caleiras, limpeza e cobertura, o refechamento de juntas;

1965 - informação sobre a necessidade de reconstrução em alvenaria da caleira de fundo; proposta de substituição por tubo plástico, não concretizada; 1978 - limpeza do cano pelo seminário das missões;

1980 - um desaterro junto à mãe de água a jusante dos Pegões ameaça a derrocada de vários arcos de um e outro lado da casa; o LNEC aconselha aterro feito com enrocamento e terra junto ao talude.

 

 

Autor e Data

Isabel Mendonça 1991

 

Actualização

Cecília Matias 2006

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